Qual a forma correta de se referir ao autismo?

Autismo: Uma Questão de Linguagem e Respeito

A forma como nos referimos ao autismo, e às pessoas que o vivenciam, diz muito sobre a nossa compreensão e respeito por essa condição. Há um caminho a percorrer para abandonarmos o estigma associado ao termo “autista” e abraçarmos uma linguagem mais inclusiva e respeitosa.

Por que “autista” é considerado inadequado?

O termo “autista” é frequentemente usado como um adjetivo, colocando a pessoa em segundo plano e reduzindo-a à sua condição. Ele cria a ideia de que o autismo define a pessoa por completo, estigmatizando-a e desumanizando-a. A pessoa passa a ser vista como “autista”, e não como um indivíduo com uma condição, com características e potencialidades únicas.

A busca por uma linguagem mais respeitosa:

Desde a década de 1990, a comunidade médica e a comunidade autista têm se esforçado para promover uma linguagem mais respeitosa. O foco passou a ser a pessoa, e não a condição.

As melhores formas de se referir a alguém com autismo:

• Pessoa com autismo: Essa frase coloca a pessoa em primeiro lugar, reconhecendo sua individualidade e humanidade.
• Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA): Essa nomenclatura, utilizada pela comunidade médica, reconhece o espectro amplo de manifestações do autismo e a diversidade entre as pessoas diagnosticadas.

É fundamental lembrar:

• O autismo é uma condição neurobiológica, não uma doença.
• As pessoas autistas têm diversas habilidades, talentos e perspectivas únicas.
• A inclusão e o respeito são essenciais para que as pessoas autistas possam viver suas vidas de forma plena e autônoma.

Concluindo, a forma mais adequada de nos referirmos a alguém com autismo é utilizando expressões que valorizem a pessoa como um indivíduo. Evitar o uso de termos pejorativos e abraçar uma linguagem inclusiva é um passo fundamental para construirmos uma sociedade mais justa e acolhedora para todas as pessoas.