Qual é a segunda regra da concordância nominal?
Se um adjetivo modifica vários substantivos e vem depois deles, a concordância pode ser feita com o substantivo mais próximo ou com todos. Por exemplo, casa e carro novo ou casa e carro novos.
A Flexibilidade da Concordância Nominal: A “Segunda Regra” e suas Nuances
A concordância nominal, regra fundamental da língua portuguesa, estabelece a harmonia entre nomes (substantivos, adjetivos, pronomes, numerais) numa frase. Embora não exista uma numeração oficial das “regras” de concordância, frequentemente se apresenta como a “segunda regra” a possibilidade de concordância do adjetivo com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos que ele modifica, quando posicionado após esses substantivos. Essa aparente flexibilidade, no entanto, requer atenção a alguns detalhes.
A afirmação de que “casa e carro novo” ou “casa e carro novos” estão corretas ilustra precisamente essa regra. O adjetivo “novo” pode concordar com o substantivo mais próximo, “carro”, resultando em “casa e carro novo”, ou concordar com ambos os substantivos, “casa” e “carro”, gerando “casa e carro novos”. A escolha entre essas duas formas afeta o significado da frase, ainda que sutilmente.
Concordância com o substantivo mais próximo (Adjacência): Ao optar por “casa e carro novo”, o foco recai mais sobre o carro sendo novo. A casa, nesse contexto, fica em segundo plano quanto à sua condição de nova ou velha. Esta concordância privilegia a proximidade física entre o adjetivo e o último substantivo.
Concordância com todos os substantivos (Atitude Gramatical): Utilizando “casa e carro novos”, enfatiza-se a novidade de ambos os itens. A concordância se dá com o conjunto, indicando a nova condição para a casa e o carro de forma mais enfática e equilibrada. Esta opção é mais comum e frequentemente considerada a forma mais formal.
Considerações importantes:
-
Substantivos de gêneros diferentes: Se os substantivos são de gêneros diferentes, o adjetivo geralmente concorda com o substantivo mais próximo ou vai para o masculino plural, visto que o masculino prevalece nessa situação. Exemplo: “casa e carro novos” (embora “casa nova e carro novo” também seja correto).
-
Substantivos com sentidos diferentes: Se os substantivos representam ideias ou objetos distintos, a concordância com o substantivo mais próximo pode soar mais natural. Exemplo: “dedicação e esforço contínuo” soa mais harmonioso que “dedicação e esforço contínuos”.
-
Contexto e estilo: A escolha da concordância depende do contexto comunicativo e do estilo do autor. Em textos formais, a concordância com todos os substantivos geralmente é preferível, buscando maior clareza e precisão. Em textos informais, a concordância com o substantivo mais próximo pode ser mais comum e aceitável.
Em resumo, a “segunda regra” da concordância nominal, que permite a concordância com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos, revela a flexibilidade da língua portuguesa. A escolha entre essas opções, embora aparentemente trivial, influencia a ênfase e o significado da mensagem. A compreensão desses nuances garante maior precisão e eficácia na escrita.
#Concordância Nominal#Regras Gramática#Segunda RegraFeedback sobre a resposta:
Obrigado por compartilhar sua opinião! Seu feedback é muito importante para nos ajudar a melhorar as respostas no futuro.