Qual é o infinitivo de há?
O infinitivo do verbo há pode ser impessoal, no caso haver, ou pessoal, flexionando-se como haver, haveres, haver, havermos, haverdes, haverem. O gerúndio é havendo.
O Enigma do Infinitivo de “Há”: Impessoalidade e Flexão Verbal
A preposição “há”, frequentemente confundida com um verbo, na verdade é uma forma concisa e arcaica do verbo haver, empregada em construções impessoais, principalmente para indicar tempo passado. A questão do seu infinitivo, portanto, gera certa perplexidade para quem não domina profundamente a gramática portuguesa. A resposta não é tão simples quanto parece, e reside na própria natureza do verbo haver.
A dificuldade surge porque o “há” que conhecemos, geralmente indicando tempo decorrido (“Há cinco anos”), é uma forma impessoal, inalterável. Não apresenta sujeito e, consequentemente, não se conjuga. Diferentemente dos verbos pessoais que se flexionam em tempo, modo, número e pessoa, este “há” permanece inalterável. Seu infinitivo, nesse contexto impessoal, é simplesmente haver.
No entanto, o verbo haver apresenta outras facetas. Ele pode ser pessoal, assumindo conjugações em diferentes tempos e modos, indicando posse, existência ou ocorrência de algo. Neste caso, seu uso difere significativamente do “há” impessoal. Observe:
- Impessoal (tempo decorrido): Há muito tempo não o via. (Infinitivo: haver)
- Pessoal (posse): Eles haverão de ter muitas terras. (Infinitivo: haver; conjugação futura do indicativo)
- Pessoal (existência): Haverá problemas se não nos organizarmos. (Infinitivo: haver; conjugação futura do indicativo)
- Pessoal (ocorrer): Houve muitos acidentes na rodovia. (Infinitivo: haver; conjugação pretérito perfeito do indicativo)
Em sua forma pessoal, o verbo haver possui conjugação completa, com seu infinitivo permanecendo haver, e suas demais formas flexionadas como:
- Infinitivo pessoal: haver, haveres, haver, havermos, haverdes, haverem
- Gerúndio: havendo
- Particípio: havido
Portanto, a aparente simplicidade da pergunta sobre o infinitivo de “há” revela uma complexidade inerente à própria natureza do verbo haver, que se apresenta ora como impessoal, ora como pessoal, influenciando diretamente a forma como seu infinitivo deve ser compreendido e empregado. A compreensão desta dualidade é crucial para o domínio da língua portuguesa.
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