Quantos por cento de plágio pode ter um TCC?

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Cada universidade estabelece um limite aceitável de plágio em TCCs. O ideal é 0%, pois qualquer forma de plágio é vedada. É fundamental entender e aplicar corretamente as normas de citação, evitando qualquer tipo de cópia.

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A Zona Cinzenta do Plágio em TCCs: Um Limite que Não Existe?

A pergunta “quantos por cento de plágio pode ter um TCC?” não possui uma resposta única e objetiva. Diferentemente de uma porcentagem fixa, a tolerância ao plágio em Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) é um conceito fluido, dependendo fortemente da instituição de ensino, da orientação do professor e, principalmente, da natureza do plágio em si. A afirmação de que “o ideal é 0%” é absolutamente correta, porém, a realidade acadêmica frequentemente se apresenta em tons de cinza.

A crença em um percentual mágico, acima do qual o trabalho é considerado plagiado, leva a uma perigosa simplificação de um problema complexo. Softwares antiplágio, embora úteis como ferramentas de detecção, não conseguem discernir a intenção por trás da citação ou a correta aplicação das normas. Um trabalho com 10% de similaridade pode ser perfeitamente legítimo se todas as coincidências se derem em citações corretamente referenciadas. Já um trabalho com apenas 1% de similaridade pode ser considerado plágio se essa única coincidência representar a cópia de um trecho crucial da argumentação original.

A chave para evitar problemas não reside na busca por um limite percentual, mas sim na compreensão e aplicação rigorosa das normas de citação e referenciamento. Cada instituição possui seu próprio manual, geralmente baseado em modelos como ABNT ou APA, e o estudante deve se familiarizar completamente com essas regras. A cópia, mesmo de pequenas frases ou ideias, sem a devida atribuição, configura plágio, independentemente do percentual de semelhança apontado por um software.

A honestidade intelectual deve ser o pilar fundamental de qualquer trabalho acadêmico. A originalidade não se encontra na ausência de citações, mas na capacidade de síntese, análise crítica e construção de um argumento próprio a partir das fontes consultadas. A paráfrase, quando bem feita, é uma ferramenta fundamental para demonstrar o entendimento do tema, enquanto a citação direta serve para reforçar argumentos com a autoridade de autores reconhecidos.

Em resumo, a busca por um percentual aceitável de plágio em TCCs é uma abordagem equivocada. O foco deve estar na compreensão e aplicação impecável das normas de citação, na demonstração de honestidade intelectual e na construção de um trabalho original, que apresente uma contribuição significativa para o campo de conhecimento. A orientação contínua do orientador é fundamental nesse processo, e a dúvida sobre a correta aplicação das normas deve sempre ser esclarecida antes da entrega final. O importante não é o número, mas sim a ética e o rigor acadêmico demonstrados.