Quais são os 4 tipos de transtorno bipolar?

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O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) reconhece diversos tipos de transtorno bipolar, incluindo: tipo I, tipo II, ciclotímico, induzido por substâncias/medicamentos, relacionado a outra condição médica, e outros tipos específicos e não especificados.

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Desvendando a Complexidade do Transtorno Bipolar: Uma Visão Além da Classificação Simples

O Transtorno Bipolar, um desafio significativo para a saúde mental, é frequentemente simplificado em apenas alguns tipos. No entanto, a realidade é mais complexa do que a classificação em apenas quatro categorias permite. O DSM-5, o principal manual diagnóstico utilizado por profissionais de saúde mental, apresenta uma variedade de especificadores que refletem a diversidade de apresentações clínicas desse transtorno. Em vez de focar em quatro “tipos”, é mais preciso entender a riqueza de variações dentro do espectro bipolar, utilizando as categorias do DSM-5 como ponto de partida para uma compreensão mais abrangente.

Embora existam vários tipos de transtorno bipolar no DSM-5, a classificação mais comum e frequentemente utilizada pelos leigos se baseia em três subtipos principais, com um quarto representando outros quadros:

1. Transtorno Bipolar I: Caracterizado por pelo menos um episódio maníaco (um período de humor anormalmente elevado, expansivo ou irritável, acompanhado de sintomas como grandiosidade, diminuição da necessidade de sono, fala acelerada, ideias de voo de ideias e envolvimento excessivo em atividades com alto potencial de consequências negativas) de duração de pelo menos sete dias. Episódios depressivos maiores podem estar presentes, mas não são obrigatórios para o diagnóstico. A intensidade dos sintomas durante o episódio maníaco é tão significativa que geralmente requer hospitalização.

2. Transtorno Bipolar II: Neste tipo, a pessoa apresenta episódios depressivos maiores (com sintomas como tristeza profunda, perda de interesse em atividades prazerosas, alterações no sono e apetite, fadiga, sentimentos de inutilidade e pensamentos suicidas) e episódios hipomaníacos (um período de humor anormalmente elevado, expansivo ou irritável, com sintomas semelhantes ao episódio maníaco, porém de menor intensidade e duração, geralmente inferior a sete dias). Importantemente, nunca houve um episódio maníaco completo. A hipomania, embora menos intensa, pode ainda causar prejuízo significativo no funcionamento social e profissional.

3. Transtorno Ciclotímico: Este tipo se diferencia dos anteriores pela presença de numerosos períodos com sintomas hipomaníacos e numerosos períodos com sintomas depressivos que não atendem aos critérios completos para um episódio hipomaníaco ou um episódio depressivo maior. Essas oscilações de humor persistem por pelo menos dois anos (um ano em crianças e adolescentes) sem um período de pelo menos dois meses sem sintomas. A intensidade dos sintomas é menor em comparação aos tipos I e II, porém a cronicidade pode ser tão debilitante quanto.

4. Outros tipos especificados e não especificados de transtorno bipolar: Esta categoria abrange indivíduos que não se encaixam perfeitamente nos três subtipos mencionados acima. Pode incluir casos com características mistas, casos onde a gravidade ou os sintomas não se alinham com os critérios diagnósticos específicos, ou situações onde informações adicionais são necessárias para um diagnóstico preciso.

É crucial destacar que a classificação diagnóstica do transtorno bipolar é complexa e exige a avaliação de um profissional de saúde mental qualificado. Esta descrição simplificada não substitui uma consulta médica, que é fundamental para um diagnóstico preciso e a elaboração de um plano de tratamento individualizado e adequado às necessidades de cada pessoa. A compreensão da diversidade de apresentações do transtorno bipolar é vital para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas eficazes e para o desestigma em torno desse transtorno de saúde mental.