Qual a doença mental que mais mata?

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As doenças psiquiátricas mais incapacitantes no mundo são aquelas que afetam significativamente a capacidade funcional do indivíduo, impactando diversas áreas da vida, como trabalho, relacionamentos e bem-estar. Entre elas, destacam-se depressão, ansiedade, esquizofrenia e transtornos de personalidade.

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Qual a doença mental que mais mata? Uma questão complexa e, infelizmente, frequentemente mal compreendida.

É comum pensarmos que as doenças mentais mais incapacitantes sejam as que mais causam mortes. A verdade é mais sutil e envolve uma complexa interação de fatores. Enquanto a depressão, a ansiedade e a esquizofrenia, por exemplo, podem levar a incapacidade significativa, e até mesmo ao suicídio, a causa direta de morte não é tão simples de determinar. A resposta não é uma única doença, mas um conjunto de fatores que podem levar à morte.

A depressão, por si só, não é uma doença que mata diretamente como, digamos, um infarto. No entanto, a depressão crônica e grave pode contribuir para o desenvolvimento de outras condições que são letais. Pacientes com depressão severa podem apresentar maior risco de doenças cardiovasculares, problemas de imunidade e, o mais preocupante, a ineficácia no tratamento de outras doenças físicas. Em muitos casos, a falta de cuidados com a saúde física, agravada por uma doença mental não tratada, pode levar à morte.

A ansiedade, assim como a depressão, raramente leva à morte diretamente. Porém, a ansiedade crônica e severa pode comprometer a saúde física, levando a problemas como aumento da pressão arterial, problemas de sono e problemas de imunidade. Isso torna indivíduos com essa condição mais vulneráveis a outras doenças e, por consequência, pode acelerar a perda de qualidade de vida e até mesmo a morte.

A esquizofrenia, e outros transtornos psicóticos, não são geralmente a causa primária de morte. Contudo, o estilo de vida muitas vezes desestruturado, a falta de acesso a cuidados médicos e o estigma social associados a esses transtornos podem levar a maus hábitos de higiene, desnutrição, isolamento social e, consequentemente, a problemas de saúde que podem ser fatais.

O suicídio, então, é uma importante variável a ser considerada. Ele é uma das causas de morte mais frequentes entre indivíduos com doenças mentais. É crucial destacar que o suicídio é um problema multifatorial, influenciado pela doença mental, mas também por fatores socioeconômicos, relacionamentos interpessoais e outros traumas. O suicídio não é um fim em si mesmo das doenças mentais, mas sim uma consequência grave de sua combinação com outros problemas.

Em resumo, não existe uma única doença mental que “mata mais” do que outras. A questão é mais complexa. Doenças mentais severas podem criar uma vulnerabilidade para outras doenças e problemas físicos, bem como aumentar o risco de suicídio, contribuindo para uma maior taxa de mortalidade nesses grupos. Por isso, o foco deve estar na prevenção, no diagnóstico precoce e no tratamento eficaz de todas as doenças mentais, de modo a promover a saúde física e mental, a qualidade de vida e, assim, diminuir a taxa de mortalidade associada a essas condições.