Quem deve ser tratado por um doutor?
No Brasil, o título de doutor é concedido exclusivamente por universidades. Professores que obtiveram o doutorado podem ser tratados como Professor Doutor por extenso. A abreviação Prof. Dr. é utilizada para professores licenciados. O termo professor abrange todos os que lecionam em níveis primários, secundários e superiores, independentemente de sua titulação acadêmica.
Doutor: Quando usar e para quem se aplica essa forma de tratamento?
No Brasil, a questão de quando e como usar o tratamento “doutor” gera frequentes dúvidas. Afinal, a titulação de doutor, concedida após anos de árduo trabalho acadêmico e a defesa de uma tese, carrega consigo um peso específico, mas não implica automaticamente o uso dessa forma de tratamento em todas as ocasiões. A confusão se agrava pela variedade de profissões e níveis de formação existentes.
Contrariamente à crença popular, o título de doutor não garante, por si só, o direito de ser tratado como tal. A utilização do tratamento “doutor” é uma questão de contexto social e profissional, e não apenas uma consequência da posse do título acadêmico.
Quem, então, pode ser tratado por “doutor”?
A resposta mais precisa é: quase ninguém. O uso generalizado do “doutor” como tratamento para qualquer pessoa com um doutorado é um erro frequente e, em muitos casos, até mesmo impróprio. Imagine tratar um recém-doutorado em física, numa conversa informal com amigos, pelo título. Soaria artificial e pretensioso.
A exceção mais comum se aplica aos professores universitários com doutorado. Nestes casos, o tratamento “Professor Doutor” (por extenso) ou a abreviação “Prof. Dr.” (apenas em contextos formais, como em documentos ou correspondências oficiais) é apropriado. Entretanto, mesmo aqui, o contexto importa. Em conversas informais com colegas ou alunos, o tratamento “professor” pode ser perfeitamente adequado e até mesmo preferível.
É crucial ressaltar que o título de “doutor” não se estende a outras profissões, mesmo aquelas que exigem alta especialização ou pós-graduação. Um médico, por exemplo, mesmo com doutorado em medicina, normalmente não é tratado como “doutor” no dia a dia, sendo “médico” a forma de tratamento mais comum e adequada. O mesmo vale para advogados, engenheiros, etc.
Em resumo:
- Não é correto usar “doutor” como forma de tratamento geral para qualquer pessoa com um doutorado.
- É apropriado usar “Professor Doutor” ou “Prof. Dr.” (em contextos formais) para professores universitários que possuem o título de doutor. Mesmo assim, o contexto da situação deve ser considerado.
- Em contextos informais, o uso do tratamento “doutor” é geralmente inadequado e pode soar pretensioso ou artificial.
Em suma, o uso do tratamento “doutor” exige bom senso e discernimento. Priorize a naturalidade e a adequação ao contexto, optando por formas de tratamento que respeitem a individualidade e a relação entre as pessoas envolvidas. A formalidade excessiva, muitas vezes, gera um efeito contrário ao pretendido.
#Médicos#Pacientes#SaúdeFeedback sobre a resposta:
Obrigado por compartilhar sua opinião! Seu feedback é muito importante para nos ajudar a melhorar as respostas no futuro.