Como se chama a AI da Google?

Adeus, LaMDA e PaLM: Google apresenta o Gemini, sua nova IA de ponta

Por muito tempo, a Google trabalhou em silêncio, desenvolvendo modelos de linguagem de grande porte que impulsionavam seus serviços de IA. Nomes como LaMDA (Language Model for Dialogue Applications) e PaLM (Pathways Language Model) circularam internamente e, em alguns casos, chegaram ao conhecimento público, representando marcos importantes na evolução da inteligência artificial da empresa. Mas a era da fragmentação de nomes e da falta de uma identidade coesa para sua IA principal chegou ao fim. A Google finalmente anunciou oficialmente o Gemini como o nome de sua nova e ambiciosa plataforma de inteligência artificial.

Essa mudança de nomenclatura não é meramente cosmética. Ela reflete uma estratégia de unificação e consolidação dos esforços da Google na área de IA generativa. Ao invés de vários modelos com nomes distintos, a empresa aposta em uma única marca-guarda-chuva para representar suas futuras inovações. O Gemini não é apenas um modelo de linguagem; ele promete ser uma plataforma multi-modal, capaz de processar e gerar informações em diversos formatos, incluindo texto, código, áudio e vídeo. Essa capacidade multi-modal é um diferencial crucial, distinguindo o Gemini de muitos outros modelos focados principalmente em texto.

A expectativa em torno do Gemini é alta. A Google promete que ele apresentará um desempenho superior em tarefas complexas que exigem raciocínio, planejamento e interpretação de informações multimodais. Detalhes técnicos específicos sobre sua arquitetura e treinamento ainda estão sendo divulgados gradualmente, mas a empresa enfatiza sua capacidade de adaptação e aprendizado contínuo, características essenciais para uma IA que visa ser verdadeiramente útil e versátil.

A escolha do nome “Gemini” – gêmeos em latim – pode sugerir uma referência à natureza dual do modelo, capaz de lidar com diferentes tipos de informações e tarefas, ou ainda à sua potencial capacidade de superar a performance humana em diversas áreas. Independentemente da interpretação, o nome é marcante e sugere um novo capítulo na história da inteligência artificial da Google.

A transição para o Gemini representa um compromisso claro da Google com a liderança na corrida da IA generativa. A consolidação de seus recursos e expertise sob uma única marca demonstra uma estratégia focada e ambiciosa, prometendo avanços significativos na forma como interagimos com a tecnologia no futuro. Resta agora aguardar as aplicações práticas do Gemini e observar como ele se integrará aos serviços existentes e aos novos produtos da Google.