O que é necessário para a construção de uma concordância?
A concordância nominal estabelece harmonia entre substantivos, adjetivos e pronomes. Expressões formadas pelo verbo ser + adjetivo (ou particípio) têm o sujeito no final da oração.
Desvendando a Concordância: Pilares Essenciais para uma Escrita Impecável
A concordância, tanto a nominal quanto a verbal, é a espinha dorsal de uma comunicação eficaz e fluida. Uma escrita impecável depende da maestria em harmonizar palavras, evitando ruídos que podem confundir o leitor e comprometer a clareza da mensagem. Longe de ser um mero conjunto de regras gramaticais, a concordância reflete o domínio da língua e a capacidade de construir frases coerentes e significativas.
Neste artigo, mergulharemos nos pilares essenciais para a construção de uma concordância precisa, indo além das definições básicas e explorando nuances que frequentemente geram dúvidas.
1. A Essência da Concordância Nominal: Uma Dança entre Nomes
A concordância nominal rege a relação entre o substantivo (o nome que dá identidade a algo), seus adjetivos (que o qualificam) e pronomes (que o substituem ou acompanham). É uma dança harmoniosa onde o gênero (masculino ou feminino) e o número (singular ou plural) devem estar em perfeita sintonia.
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Regra Geral: O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.
- Exemplo: O livro interessante. (masculino singular) / As flores perfumadas. (feminino plural)
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Um Substantivo, Vários Adjetivos: Se um substantivo for qualificado por vários adjetivos, há duas possibilidades:
- Adjetivos após o substantivo: Concordância com o substantivo no singular ou plural, a depender da ênfase.
- Exemplo: Comprei uma blusa e uma saia bonita. (Singular: ênfase na unidade da compra)
- Comprei uma blusa e uma saia bonitas. (Plural: ênfase nos itens individuais)
- Adjetivos antes do substantivo: Concordância com o substantivo no plural.
- Exemplo: Belos quadros e esculturas adornavam a sala.
- Adjetivos após o substantivo: Concordância com o substantivo no singular ou plural, a depender da ênfase.
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Expressões Partitivas: Expressões como “a maioria de”, “grande parte de”, “metade de” podem gerar dúvidas. A concordância se faz com o núcleo da expressão (maioria, parte, metade) ou com o substantivo que a segue.
- Exemplo: A maioria dos alunos estudou. (Concordância com “maioria”)
- A maioria dos alunos estudaram. (Concordância com “alunos”)
2. A Concordância Verbal: A Alma da Oração em Sintonia
A concordância verbal garante que o verbo esteja em harmonia com o sujeito da oração, seja em número (singular ou plural) ou pessoa (primeira, segunda ou terceira).
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Regra Fundamental: O verbo concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito.
- Exemplo: Eu estudo português. (Primeira pessoa do singular) / Nós estudamos português. (Primeira pessoa do plural)
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Sujeito Composto: Quando o sujeito é composto (formado por dois ou mais núcleos), a concordância geralmente se faz no plural.
- Exemplo: João e Maria foram ao cinema.
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Verbos Impessoais: Verbos como “haver” (no sentido de existir) e “fazer” (indicando tempo decorrido) são impessoais e, portanto, não possuem sujeito. Permanecem na terceira pessoa do singular.
- Exemplo: Havia muitos problemas a serem resolvidos. / Faz cinco anos que me formei.
3. O “Ser” e suas Particularidades: Um Caso à Parte
A construção com o verbo “ser” + adjetivo (ou particípio) merece atenção especial, especialmente quando o sujeito aparece no final da oração. Nesses casos, a concordância se faz com o predicativo do sujeito (o termo que qualifica o sujeito).
- Exemplo: É necessária a autorização. (Concordância com “autorização”, que é o sujeito)
4. Além das Regras: Contexto e Intenção
Embora as regras gramaticais sejam importantes, é fundamental considerar o contexto e a intenção comunicativa ao construir a concordância. Em alguns casos, desvios das normas podem ser aceitáveis para enfatizar uma ideia ou alcançar um efeito estilístico. No entanto, é crucial ter consciência das regras antes de quebrá-las, garantindo que a mensagem permaneça clara e intencional.
Em Conclusão: A Concordância como Ferramenta de Expressão
A concordância não é apenas um conjunto de regras gramaticais a serem seguidas rigidamente. É uma ferramenta poderosa que, quando dominada, permite construir textos claros, precisos e elegantes. Ao compreender os pilares essenciais da concordância nominal e verbal, e ao considerar o contexto e a intenção comunicativa, você estará apto a dominar a arte da escrita e a expressar suas ideias com maestria. Lembre-se: a prática constante e a atenção aos detalhes são as chaves para aperfeiçoar suas habilidades e alcançar a fluidez e a precisão desejadas na sua escrita.
#Concordância#Gramática#LínguaFeedback sobre a resposta:
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