Como pode ser a concordância?
A concordância, seja verbal ou nominal, assegura a harmonia gramatical entre palavras numa frase. Verbos flexionam-se para concordar com seus sujeitos, enquanto substantivos harmonizam-se com adjetivos, artigos, numerais e pronomes, assegurando a clareza e correção da sentença. Essa relação garante a fluidez e a precisão da comunicação escrita e falada.
A Dança das Palavras: Um Olhar Aprofundado sobre a Concordância Verbal e Nominal
A concordância, princípio fundamental da sintaxe da língua portuguesa, garante a harmonia e a clareza em nossas comunicações. Ela opera como uma coreografia entre as palavras, assegurando que elas “dançam” juntas em perfeita sintonia. Mas essa dança não é aleatória; segue regras precisas que, compreendidas, garantem a elegância e a correção gramatical de nossos textos. Este artigo explora a fascinante dinâmica da concordância verbal e nominal, desvendando suas nuances e peculiaridades, para além das definições básicas já amplamente difundidas na internet.
A Sutileza da Concordância Verbal:
A concordância verbal estabelece a relação de harmonia entre o verbo e seu sujeito. A regra básica é simples: o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Porém, as complexidades surgem em situações mais elaboradas:
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Sujeito composto: Se o sujeito é composto por núcleos ligados por conjunções aditivas (e, nem), o verbo geralmente vai para o plural. Contudo, se os núcleos designam a mesma pessoa ou coisa, ou se expressam uma ideia de unidade, o verbo pode ficar no singular. Exemplo: O pai e o filho saíram. / O amor e a paixão são um só.
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Sujeito composto com núcleos em pessoas gramaticais diferentes: O verbo concordará preferencialmente com a pessoa que tiver prioridade gramatical (1ª pessoa prevalece sobre a 2ª, e a 2ª sobre a 3ª). Exemplo: Eu e você iremos ao cinema.
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Sujeito indeterminado: Em construções com o verbo na 3ª pessoa do plural sem sujeito expresso, a concordância se dá implícitamente. Exemplo: Disseram que a festa foi ótima.
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Sujeito oracional: Quando o sujeito é uma oração subordinada substantiva, o verbo principal fica na 3ª pessoa do singular. Exemplo: É importante que todos estudem.
A Elegância da Concordância Nominal:
A concordância nominal se refere à harmonia entre o substantivo e as palavras que o modificam: adjetivos, artigos, pronomes, numerais. Apesar da regra básica de concordância em gênero e número, as particularidades enriquecem a discussão:
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Adjetivos com mais de um substantivo: Se os substantivos são do mesmo gênero, o adjetivo concorda no plural e no mesmo gênero. Se são de gêneros diferentes, o adjetivo pode concordar com o mais próximo ou ir para o masculino plural. Exemplo: Comprei um carro e uma moto novos. / Comprei uma casa e um apartamento novo/novos.
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Concordância com o substantivo mais próximo (ou atrativa): Em algumas construções, o adjetivo pode concordar apenas com o substantivo mais próximo, especialmente quando há uma enumeração extensa.
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Casos especiais com pronomes: A concordância dos pronomes pode apresentar variações, dependendo do contexto e do tipo de pronome utilizado.
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Expressões quantitativas: A concordância com expressões como “a maioria de”, “a maior parte de”, etc., pode variar, admitindo tanto o singular quanto o plural, dependendo do contexto e do foco da frase.
Conclusão:
A concordância, verbal e nominal, é muito mais que uma regra gramatical; é a chave para uma comunicação precisa, elegante e eficaz. Compreender suas sutilezas e exceções permite a construção de textos mais ricos e expressivos, refletindo a maestria na manipulação da língua portuguesa. Este artigo buscou aprofundar alguns aspectos menos explorados, oferecendo uma perspectiva mais completa sobre essa fundamental ferramenta da escrita e da fala. A prática e a observação atenta da língua são fundamentais para o domínio completo dessas regras e para a produção de textos impecáveis.
#Concordância#Gramática#PossibilidadeFeedback sobre a resposta:
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