O que são verbos de concordância?

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Verbos de concordância se ajustam ao sujeito da frase em número (singular ou plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Assim, o verbo concorda com o núcleo do sujeito. Em A menina canta, canta está no singular, concordando com menina. Já em As meninas cantam, a concordância exige o plural cantam. A concordância verbal garante a harmonia sintática da oração.

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A Dança Sincronizada das Palavras: Desvendando os Verbos de Concordância

Na intrincada sinfonia da língua portuguesa, cada palavra tem seu papel. E no centro dessa orquestra, regendo o ritmo e a harmonia, encontramos os verbos de concordância. Mas o que exatamente são esses verbos e por que eles são tão cruciais para a clareza e correção da nossa comunicação?

Esqueça as regras gramaticais áridas e prepare-se para uma jornada de descoberta. Vamos imaginar o verbo como um dançarino, elegantemente coreografado para se mover em perfeita sincronia com seu parceiro: o sujeito da frase.

A Essência da Concordância: Número e Pessoa

Essa dança sincronizada se baseia em dois pilares fundamentais: o número (singular ou plural) e a pessoa (primeira, segunda ou terceira). Pense no número como o número de dançarinos no palco e na pessoa como a identidade de cada um.

  • Número: Se o sujeito é singular (apenas um dançarino), o verbo também deve ser singular. Se o sujeito é plural (vários dançarinos), o verbo acompanha no plural.
  • Pessoa: A pessoa gramatical indica quem realiza a ação do verbo:
    • Primeira Pessoa: Eu (singular) / Nós (plural)
    • Segunda Pessoa: Tu (singular) / Vós (plural)
    • Terceira Pessoa: Ele/Ela/Você (singular) / Eles/Elas/Vocês (plural)

O Núcleo do Sujeito: O Ponto de Referência

A chave para uma concordância verbal impecável reside na identificação precisa do núcleo do sujeito. O núcleo é a palavra principal do sujeito, o termo essencial que carrega o significado central.

  • Exemplo: Em “A garota inteligente lê muitos livros”, o núcleo do sujeito é “garota”. Portanto, o verbo “lê” concorda com “garota” (terceira pessoa do singular).

A Harmonia Sintática: A Beleza da Concordância

Quando o verbo e o sujeito dançam em perfeita harmonia, o resultado é uma harmonia sintática. A frase flui naturalmente, o significado é transmitido com clareza e a beleza da língua portuguesa se manifesta.

Exemplos Práticos:

  • Singular: O sol brilha forte. (O verbo “brilha” concorda com o sujeito “o sol”.)
  • Plural: As estrelas cintilam no céu. (O verbo “cintilam” concorda com o sujeito “as estrelas”.)
  • Primeira Pessoa do Singular: Eu estudo português. (O verbo “estudo” concorda com o sujeito “eu”.)
  • Terceira Pessoa do Plural: Eles viajaram para a Europa. (O verbo “viajaram” concorda com o sujeito “eles”.)

Além do Básico: Casos Especiais

Embora a regra geral seja bastante simples, existem alguns casos especiais que merecem atenção:

  • Sujeito Coletivo: Se o sujeito for um substantivo coletivo (ex: “a multidão”, “o bando”), o verbo geralmente concorda no singular. Ex: A multidão gritou. No entanto, se o substantivo coletivo vier especificado, a concordância pode ser feita no plural. Ex: A multidão de manifestantes gritou.
  • Sujeitos Compostos: Quando o sujeito é composto (formado por dois ou mais núcleos), a concordância geralmente é feita no plural. Ex: João e Maria foram ao cinema.
  • Verbos Impessoais: Alguns verbos, como “haver” no sentido de “existir” e “fazer” indicando tempo decorrido, são impessoais e não possuem sujeito. Nesses casos, o verbo permanece na terceira pessoa do singular. Ex: Há muitas pessoas na festa. Faz muitos anos que não o vejo.

Conclusão: A Importância da Precisão

Dominar os verbos de concordância é fundamental para aprimorar a comunicação e garantir a correção gramatical. Ao compreender a dança entre o sujeito e o verbo, você poderá expressar suas ideias com clareza, precisão e elegância. Então, da próxima vez que você escrever ou falar, lembre-se: a concordância verbal é a chave para a harmonia e a beleza da língua portuguesa.