Até quando é considerado atraso na fala?

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O atraso na fala infantil é identificado quando o desenvolvimento da linguagem ocorre de forma significativamente mais lenta que o esperado. Embora a produção das primeiras palavras por volta dos 12 meses seja comum, um atraso até os 18 meses pode ser um sinal. A preocupação aumenta consideravelmente após os dois anos, demandando avaliação profissional.

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Até Quando é Considerado Atraso na Fala Infantil?

O desenvolvimento da linguagem infantil é um processo fascinante e único para cada criança. Enquanto algumas desabrocham precocemente, outras seguem seu próprio ritmo. Identificar um atraso na fala, no entanto, é crucial para intervir e garantir o pleno desenvolvimento da criança. Mas até quando a espera é aceitável?

Embora não exista uma regra rígida, existem marcos gerais que os pais e profissionais da saúde podem usar como guia. A produção das primeiras palavras em torno dos 12 meses é um evento comum, mas não universal. Algumas crianças podem começar a balbuciar e desenvolver uma compreensão da linguagem antes mesmo de emitirem as primeiras palavras. Portanto, um atraso na emissão de palavras até aproximadamente os 18 meses, sem a presença de outros sinais preocupantes, pode não ser motivo de imediata preocupação.

No entanto, a linha entre o desenvolvimento tardio e o atraso torna-se mais nítida após os dois anos. A partir dessa idade, a expectativa de que a criança já esteja construindo frases simples, compreendendo instruções e apresentando um vocabulário crescente se intensifica. Se a criança não apresenta progressão satisfatória até os 2 anos, é fundamental buscar a avaliação de um fonoaudiólogo ou outro profissional da saúde especializado.

O que caracteriza um atraso na fala que justifica a intervenção profissional?

Além da idade, outros fatores devem ser considerados. A avaliação não se baseia apenas na contagem de palavras ditas, mas na observação completa do desenvolvimento da linguagem. Sinais como:

  • Ausência de compreensão: A criança não responde a comandos simples, não aponta objetos quando nomeados e não demonstra entendimento das instruções.
  • Ausência de balbucios: Mesmo na ausência de palavras, a ausência completa de balbucios, sons e vocalizações pode ser um sinal preocupante.
  • Dificuldades na comunicação não-verbal: Gestos, expressões faciais e outras formas de comunicação não-verbal podem apresentar atrasos em conjunto com a linguagem verbal.
  • Atraso na compreensão e produção de frases: A dificuldade em combinar palavras para formar frases, mesmo aquelas bastante simples, exige atenção.
  • Histórico familiar: A existência de histórico de atrasos na fala na família pode ser um fator a considerar na avaliação.
  • Outras dificuldades de desenvolvimento: Problemas cognitivos, sensoriais ou de audição podem influenciar o desenvolvimento da linguagem e devem ser considerados.

A importância da intervenção precoce:

A identificação precoce de um atraso na fala é fundamental para o sucesso da intervenção. Tratamentos individualizados, baseados nas necessidades específicas de cada criança, podem acelerar o desenvolvimento da linguagem e evitar problemas futuros relacionados à comunicação, aprendizagem e socialização.

Conclusão:

O atraso na fala é um conceito relativo, que deve ser avaliado de forma abrangente e individualizada. Embora um atraso até os 18 meses possa ser esperado em alguns casos, a partir dos 2 anos a busca por profissionais especializados se torna crucial para garantir o desenvolvimento pleno da linguagem da criança. A intervenção precoce é fundamental para superar possíveis dificuldades e garantir que a criança possa se comunicar de forma eficiente e autônoma.