Quando a criança começa a falar or?

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A pronúncia correta do R forte exige prática. Uma técnica auxiliar é segurar um lápis entre os dentes, enquanto se pronuncia erre com a garganta, minimizando o movimento dos lábios e da língua. A repetição deste exercício ajuda a fortalecer os músculos envolvidos na articulação correta.

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Desvendando o Mundo das Palavras: Quando a Criança Começa a Falar e o Desafio do “R” Forte

A jornada da fala é um dos marcos mais emocionantes no desenvolvimento infantil. Observar um bebê balbuciando e, de repente, pronunciando suas primeiras palavras é um momento mágico para os pais e cuidadores. Mas quando, exatamente, essa aventura verbal começa? E o que fazer quando a criança enfrenta dificuldades com a pronúncia do “R” forte, um som tão característico da língua portuguesa? Vamos explorar esses tópicos com detalhes e dicas práticas.

O Despertar da Voz: A Cronologia da Fala

A idade em que uma criança começa a falar varia consideravelmente, e é importante lembrar que cada indivíduo tem seu próprio ritmo. No entanto, existem algumas etapas típicas que servem como um guia geral:

  • 0 a 3 meses: O bebê se comunica através do choro, grunhidos e outros sons reflexivos. Começa a vocalizar vogais como “a”, “e”, “u”.
  • 4 a 6 meses: Inicia o balbucio, repetindo sons como “bababa”, “dadada”, explorando as capacidades da sua boca.
  • 7 a 12 meses: Aumenta o repertório de sons e começa a imitar os sons da fala dos adultos. Pode usar gestos para se comunicar.
  • 12 a 18 meses: Pronuncia as primeiras palavras com significado, geralmente substantivos como “mamãe”, “papai”, “água”.
  • 18 a 24 meses: Expansão do vocabulário, combinando duas palavras em frases curtas como “mamãe dá”.
  • 2 a 3 anos: Utiliza frases mais complexas e começa a conjugar verbos no presente. Melhora a compreensão da linguagem.
  • 3 a 5 anos: O vocabulário continua a crescer exponencialmente, a criança consegue contar histórias e manter conversas mais longas e elaboradas.

É crucial salientar que essas são apenas médias. Se uma criança demora um pouco mais para falar, isso não necessariamente indica um problema. No entanto, se houver preocupações significativas, como a ausência de balbucio por volta dos 12 meses ou a falta de palavras com significado aos 18 meses, é recomendável procurar a orientação de um pediatra ou fonoaudiólogo.

O “R” que Enrola: Desafios e Estratégias

A pronúncia do “R” forte, ou vibrante múltiplo, como em “carro”, “rato” e “ferro”, pode ser um desafio para muitas crianças. A dificuldade reside na necessidade de vibrar a língua no céu da boca para produzir o som corretamente.

Algumas dicas e exercícios que podem auxiliar no desenvolvimento da pronúncia do “R” forte incluem:

  • Imitação: Incentive a criança a imitar os sons que você produz. Exagere um pouco a pronúncia do “R” forte, tornando-a mais audível e visível.
  • Jogos com sons: Utilize jogos que envolvam sons onomatopaicos, como o barulho do motor do carro (“vrum, vrum”) ou o rugido do leão (“rrrrr”).
  • Leitura de livros e trava-línguas: A leitura em voz alta de livros com muitas palavras que contenham o “R” forte e a prática de trava-línguas são ótimas formas de treinar a pronúncia.
  • Reforço positivo: Elogie e incentive a criança sempre que ela tentar pronunciar o “R” forte, mesmo que o som não saia perfeito. O incentivo é fundamental para manter a motivação.
  • Exercício do lápis (Técnica Avançada): Uma técnica auxiliar, conforme mencionado, é segurar um lápis entre os dentes enquanto se pronuncia o “R” com a garganta. Este método minimiza o movimento dos lábios e da língua, forçando a articulação correta. A repetição regular desse exercício pode fortalecer os músculos envolvidos. Importante: Certifique-se de que o lápis seja seguro e supervisione a criança durante o exercício.

Quando Procurar Ajuda Profissional?

Se a dificuldade com a pronúncia do “R” forte persistir após os 5 anos de idade, ou se a criança apresentar outros problemas de fala, como dificuldades em articular outros sons ou em compreender a linguagem, é importante buscar a avaliação de um fonoaudiólogo. O profissional poderá identificar a causa da dificuldade e propor um plano de tratamento individualizado.

Conclusão

O desenvolvimento da fala é um processo contínuo e fascinante. Celebrar cada conquista, desde o primeiro balbucio até as frases complexas, é fundamental para o desenvolvimento da confiança e da comunicação da criança. A dificuldade com o “R” forte é comum e, com paciência, incentivo e, em alguns casos, ajuda profissional, pode ser superada, abrindo um mundo de possibilidades para a expressão e a comunicação da criança. Lembre-se, cada criança tem seu próprio ritmo, e o apoio e o amor da família são os melhores combustíveis para essa jornada.