Como distinguir infinitivo pessoal e impessoal?

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O infinitivo impessoal, como gostar, é a forma básica do verbo. Já o infinitivo pessoal, flexiona-se em pessoa e número, concordando com o sujeito, como em gostarmos ou gostarem.

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Distinguindo Infinitivo Pessoal e Impessoal

O infinitivo, forma não-conjugação dos verbos, desempenha papéis diversos na frase. Embora ambos expressem ação ou estado, o infinitivo pessoal e o impessoal diferem significativamente quanto à sua estrutura e função sintática. Compreender essa distinção é fundamental para uma análise gramatical precisa e a construção de frases corretas.

O infinitivo impessoal é a forma básica do verbo, sem flexão de pessoa ou número. Ele indica a ação ou estado de forma genérica, sem se referir a um sujeito específico. Imagine-o como uma descrição abstrata da ação. Exemplos comuns incluem:

  • Gostar, comer, beber, dormir, pensar, estudar.

Nesses casos, não se especifica quem gosta, come, ou estuda. A ação é apresentada como um conceito em si, sem ligação a um sujeito determinado.

Por outro lado, o infinitivo pessoal sofre flexões de pessoa e número, concordando com o sujeito a quem se refere. Essas flexões indicam claramente a quem a ação se aplica. Em suma, o infinitivo pessoal mostra quem realiza a ação. Exemplos incluem:

  • Gostarmos (nós gostamos)
  • Gostares (você, informal, gosta)
  • Gostarem (eles/elas/vocês gostam)
  • Gostar (é a forma impessoal, não concordando com ninguém)

A flexão em pessoa e número do infinitivo pessoal é crucial para determinar o sujeito da ação que ele descreve. Se o infinitivo está ligado a um sujeito, ele é pessoal. Se não possui esse elo, é impessoal.

A distinção fica mais evidente quando analisamos a função sintática do infinitivo na frase.

  • Infinitivo Impessoal: Frequentemente funciona como núcleo de um predicativo do sujeito, complemento nominal ou adjunto adverbial, sem especificar um sujeito:

    • “É importante estudar.” (estudar não se refere a uma pessoa específica)
    • “O desejo de viajar era grande.” (viajar não se relaciona a um sujeito específico)
  • Infinitivo Pessoal: Geralmente acompanha verbos como “dever”, “poder”, “querer”, “gostar”, “preferir”, e outros, onde o sujeito é implícito na estrutura da frase:

    • “Eu gosto de ler.” (o sujeito “eu” realiza a ação de ler)
    • “Eles devem estudar mais.” (o sujeito “eles” é obrigatório no sentido da frase)

Em resumo, o infinitivo impessoal é a forma básica, genérica, do verbo, sem especificar o sujeito. O infinitivo pessoal, por sua vez, flexiona-se em pessoa e número, concordando com o sujeito, indicando claramente quem pratica a ação. Identificar a presença ou não de flexão de pessoa/número é, portanto, o principal critério para distinguir entre os dois. A compreensão dessa distinção permite uma análise sintática mais precisa e uma produção escrita mais fluente e correta.