Como identificar a concordância?
A concordância verbal ocorre quando o verbo flexiona-se em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) para concordar com seu sujeito. Essa adequação garante a harmonia sintática da frase, refletindo a relação correta entre quem pratica a ação (sujeito) e a ação praticada (verbo). A regra geral exige essa correspondência exata.
Desvendando a Concordância: Além das Regras Básicas
A concordância é um dos pilares da gramática normativa, responsável por harmonizar os elementos de uma frase. Embora a regra geral da concordância verbal – verbo concordando em número e pessoa com o sujeito – seja bastante conhecida, na prática, diversas nuances e exceções podem tornar sua aplicação um desafio. Este artigo se propõe a ir além das definições básicas, explorando estratégias para identificar a concordância correta em contextos mais complexos.
1. Localizando o Núcleo do Sujeito:
Antes de qualquer coisa, é crucial identificar corretamente o sujeito e, principalmente, seu núcleo. Lembre-se: o verbo concorda com o núcleo do sujeito, e não com outros termos que possam estar próximos a ele.
- Exemplo: A multidão de torcedores vibrava emocionada. (Núcleo: multidão – singular)
2. Sujeitos Compostos:
Com sujeitos compostos, a concordância pode variar. Se o sujeito composto estiver anteposto ao verbo, a concordância é geralmente feita no plural. Se estiver posposto, pode haver concordância com o núcleo mais próximo ou com todos os núcleos, no plural.
- Exemplos:
- O técnico e os jogadores comemoraram a vitória. (Anteposto – plural)
- Comemorou a vitória o técnico e os jogadores. (Posposto – singular ou plural)
- Comemoraram a vitória o técnico e os jogadores. (Posposto – plural)
3. Casos Especiais que Merecem Atenção:
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Expressões partitivas: Com expressões como “a maioria de”, “a maior parte de”, “grande parte de”, etc., o verbo pode concordar tanto com o núcleo da expressão (singular) quanto com o substantivo que a completa (plural).
- Exemplo: A maioria dos alunos fez/fizeram a prova.
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Sujeito Coletivo: Com sujeito coletivo, o verbo concorda no singular. Se o coletivo vier especificado, o verbo pode concordar no singular ou no plural.
- Exemplos:
- A turma saiu em excursão. (Singular)
- A turma de alunos saiu/saíram em excursão. (Singular ou plural)
- Exemplos:
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Verbos Impessoais: Verbos como “haver” (no sentido de existir) e “fazer” (indicando tempo decorrido) permanecem no singular.
- Exemplos:
- Há muitos problemas para resolver.
- Faz dois anos que me mudei.
- Exemplos:
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Pronome “Que”: Quando o sujeito é um pronome relativo “que”, o verbo concorda com o antecedente do pronome.
- Exemplo: Fui eu que resolvi o problema.
4. A Importância do Contexto:
A concordância verbal, em alguns casos, pode ser influenciada pelo contexto e pela intenção do falante. Por isso, além de conhecer as regras, é fundamental interpretar a frase como um todo.
5. Prática e Leitura:
A melhor maneira de dominar a concordância é através da prática constante e da leitura de textos bem escritos. Observar como autores consagrados utilizam a concordância em suas obras é uma excelente forma de aprimorar suas habilidades.
Ao entender as nuances da concordância verbal e ir além das regras básicas, você estará mais preparado para se comunicar com clareza e precisão, evitando erros comuns e construindo frases harmoniosas e de acordo com a norma culta da língua portuguesa.
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