Como identificar o sujeito?

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Para descobrir o sujeito da oração, pergunte quem? ou o quê? antes do verbo. A resposta a essa pergunta, indicando quem pratica ou recebe a ação verbal, é o sujeito. Identifique-o, observando a concordância verbal, pois o verbo sempre se flexiona para concordar com o sujeito em número e pessoa.

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Desvendando o Sujeito da Oração: Mais do que um Simples “Quem?”

Identificar o sujeito de uma oração é fundamental para a compreensão da estrutura e do significado de uma frase. Embora a regra básica – “perguntar quem? ou o quê? antes do verbo” – seja eficiente na maioria dos casos, entender a fundo a natureza do sujeito exige um olhar mais atento, que ultrapasse a simples memorização de um processo mecânico. Este artigo visa explorar diferentes perspectivas para a identificação do sujeito, desvendando nuances que frequentemente causam dúvidas.

A pergunta “quem?” ou “o quê?” antes do verbo, de fato, funciona como um guia inicial. Em frases como “O gato comeu o rato”, perguntando “Quem comeu o rato?”, encontramos facilmente o sujeito: “o gato”. Da mesma forma, em “A chuva caiu forte”, a resposta a “O quê? caiu forte?” nos leva ao sujeito “a chuva”.

No entanto, nem sempre a identificação é tão direta. Consideremos frases com verbos impessoais, como “Choveu muito ontem”. Aqui, a pergunta “Quem choveu?” não encontra resposta. Verbos impessoais, como os que indicam fenômenos da natureza, não possuem sujeito. A aparente simplicidade da regra inicial se desfaz em contextos como este.

Outro desafio surge com as orações sem sujeito, formadas por verbos impessoais como “haver” (no sentido de existir), “fazer” (indicando tempo), e alguns verbos que expressam estado ou fenômeno atmosférico. Em “ muitas pessoas na festa”, não há um agente praticando a ação de “haver”. O verbo se apresenta impessoal, sem sujeito. Similarmente, em “Faz dez anos que me mudei”, “fazer” indica tempo e não possui sujeito.

A concordância verbal, frequentemente ignorada na abordagem simplista, é um aliado poderoso na identificação do sujeito. O verbo sempre concorda com o sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Em “Os alunos estudaram muito”, o plural do verbo “estudaram” comprova que o sujeito “os alunos” também é plural. Observe a diferença em “O aluno estudou muito”. A concordância é a chave para desvendar o sujeito, especialmente em frases mais complexas.

Por fim, devemos considerar as orações com sujeito oculto ou elíptico. Em “Comi um sanduíche”, o sujeito “eu” está implícito, mas facilmente inferido pelo contexto e pela conjugação verbal. Identificar o sujeito oculto requer uma compreensão mais profunda da frase e do contexto comunicativo.

Concluindo, identificar o sujeito vai além da simples aplicação da regra “quem? ou o quê?”. A observação da concordância verbal, a compreensão dos verbos impessoais e a consideração de sujeitos ocultos são cruciais para dominar essa parte fundamental da análise sintática. A prática e a análise atenta de diferentes estruturas frasais são os caminhos para se tornar proficiente na identificação do sujeito, elemento central na construção de qualquer sentença.