Como identificar uma concordância verbal?
O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Em expressões partitivas (como a maioria de), o verbo pode concordar com o nome ou com o partitivo.
Desvendando a Concordância Verbal: Um Guia Prático para Identificar a Harmonia entre Verbo e Sujeito
A concordância verbal, a harmonia entre o verbo e seu sujeito, é uma das bases da gramática portuguesa. Sua aparente simplicidade, no entanto, esconde nuances que frequentemente geram dúvidas. Este artigo visa esclarecer como identificar corretamente a concordância verbal, focando em situações que costumam apresentar maior complexidade. Esquecendo-se das regras básicas, que já são amplamente difundidas na internet, focaremos em pontos cruciais para uma compreensão mais aprofundada.
1. Sujeitos Compostos: Mais de um núcleo na dança da concordância
Quando o sujeito é composto, ou seja, formado por mais de um núcleo, a concordância verbal pode seguir duas linhas principais:
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Concordância com o núcleo mais próximo: O verbo concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito mais próximo. Este é um recurso estilístico frequente, principalmente na oralidade informal. Exemplo: “Chegou o professor e os alunos.”
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Concordância com o núcleo mais distante: Menos comum, mas também gramaticalmente correta, o verbo concorda com o núcleo mais distante. Exemplo: “Chegaram os alunos e o professor.”
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Concordância com a pessoa prevalecente: Se o sujeito composto apresentar pronomes pessoais, o verbo concorda com a pessoa que possui prioridade na conjugação verbal (1ª pessoa prevalece sobre a 2ª, e a 2ª sobre a 3ª). Exemplo: “Eu e você iremos ao cinema.” (1ª pessoa prevalece)
2. Sujeito Indeterminado com “Se”: Um mistério a ser desvendado
O pronome “se”, como índice de indeterminação do sujeito, exige a concordância verbal na terceira pessoa do singular. Exemplo: “Precisa-se de funcionários experientes.” Note a concordância com o verbo na 3ª pessoa do singular, mesmo com o sentido de plural implícito.
3. Expressões Quantitativas: A arte da concordância flexível
Expressões como “a maioria de”, “a maior parte de”, “grande número de”, “uma porção de” podem gerar dúvidas na concordância. O verbo pode concordar:
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Com o núcleo do sujeito: Se o foco recai sobre o substantivo que acompanha a expressão quantitativa. Exemplo: “A maioria dos alunos aprovou na prova.” (ênfase nos alunos)
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Com a expressão quantitativa: Se o foco é a quantidade em si. Exemplo: “A maioria dos alunos aprovaram na prova.” (ênfase na maioria que aprovou)
A escolha entre uma concordância ou outra depende do contexto e da ênfase desejada. Não há erro em nenhuma das opções, desde que a escolha seja coerente com o sentido pretendido.
4. Concordância com o sujeito oracional:
Quando o sujeito da oração é uma oração subordinada substantiva, o verbo principal fica na terceira pessoa do singular. Exemplo: “É importante que todos colaborem.“
Conclusão:
A concordância verbal, apesar de aparentemente simples, requer atenção e conhecimento de diferentes regras e nuances. Compreender os casos de sujeitos compostos, o uso do “se” como índice de indeterminação do sujeito, e a concordância com expressões quantitativas é fundamental para a construção de textos corretos e harmoniosos. A prática e a leitura atenta contribuem significativamente para a internalização dessas regras e o aprimoramento da escrita. Lembre-se: a clareza e a precisão são os objetivos finais de uma boa concordância verbal.
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