O que é concordar em gênero e número?
A concordância de gênero e número, usada em sentido figurado, descreve o completo acordo com alguém, como se as ideias concordassem perfeitamente, assim como os elementos gramaticais.
A Concordância Gramatical: Mais do que Regras, um Espelho da Relação entre Palavras
A concordância verbal e nominal é um pilar da gramática portuguesa, responsável pela harmonia sintática e pela clareza da comunicação escrita e falada. Embora frequentemente ensinada como um conjunto de regras a serem memorizadas, a concordância reflete, na verdade, uma profunda relação de interdependência entre as palavras dentro de uma frase. Compreendê-la vai além da simples correção gramatical; ela revela como a língua organiza e estrutura o pensamento.
Concordância Nominal: Nesta categoria, o foco está na concordância em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) entre substantivos e seus determinantes (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos e numerais). A regra básica é a de que os determinantes devem concordar em gênero e número com o substantivo a que se referem.
Vejamos exemplos:
- Singular: A bela casa. (feminino singular)
- Plural: As belas casas. (feminino plural)
- Masculino singular: O grande livro.
- Masculino plural: Os grandes livros.
A aparente simplicidade dessa regra pode ser desafiada por casos de concordância mais complexos, envolvendo:
- Substantivos de gêneros diferentes: Nesses casos, a concordância geralmente se faz com o substantivo mais próximo ou, se um dos substantivos for masculino, prevalece o masculino plural. Ex: A casa e o carro novos.
- Adjetivos pospostos a vários substantivos: A concordância pode ser feita com o substantivo mais próximo ou no plural masculino, se houver substantivos masculinos. Ex: Comprei um livro e uma revista interessantes / interessante.
- Concordância ideológica (ou silepse): A concordância se dá com a ideia subentendida, e não com a forma gramatical. Ex: A maioria dos alunos aprovaram a proposta. (embora “maioria” seja singular, o verbo concorda com “alunos”).
Concordância Verbal: Aqui, a concordância se estabelece entre o verbo e o sujeito da oração. O verbo deve concordar em número (singular/plural) com o sujeito.
- Singular: O gato dormiu.
- Plural: Os gatos dormiram.
Similarmente à concordância nominal, a concordância verbal apresenta nuances e casos especiais:
- Sujeito composto: O verbo pode ir para o plural ou concordar com o núcleo mais próximo, dependendo do contexto e da ênfase desejada. Ex: Maria e João viajaram / viajou.
- Sujeito indeterminado: Usa-se o verbo na terceira pessoa do singular (com ou sem “se”). Ex: Precisa-se de funcionários.
- Verbos impessoais: Verbos como “haver” (no sentido de existir) e “fazer” (indicando tempo) permanecem na terceira pessoa do singular. Ex: Há muitos alunos na sala. / Faz três dias que chove.
A Concordância Figurativa: O texto introduz a ideia da concordância em sentido figurado, como um perfeito alinhamento de ideias. Esta metáfora é pertinente, pois uma boa concordância gramatical, ao refletir a lógica e a clareza do pensamento, contribui para uma comunicação mais efetiva e persuasiva. Assim, a concordância não é apenas uma questão de regras, mas um reflexo da coerência e organização do discurso. Dominá-la é fundamental para uma escrita precisa e elegante.
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