Quais palavras perderam o hífen?

0 visualizações

A reforma ortográfica eliminou o hífen em compostos com preposição, como mão de obra, lua de mel e dia a dia. Outros exemplos incluem boca de urna, pé de moleque, queda de braço, e expressões idiomáticas como maria vai com as outras e faz de conta. Essa mudança simplifica a escrita dessas palavras.

Feedback 0 curtidas

Adeus, hífen! Um olhar sobre as palavras que perderam o traço

A reforma ortográfica de 2009 trouxe mudanças significativas para a língua portuguesa, impactando a escrita de diversas palavras. Uma das alterações mais perceptíveis foi a supressão do hífen em diversos compostos, principalmente aqueles com preposições. Essa simplificação, embora inicialmente tenha causado certa confusão, tornou a ortografia de muitas palavras mais intuitiva e, consequentemente, mais fácil de memorizar.

Este artigo se concentra especificamente nas palavras que perderam o hífen devido à reforma, analisando as principais categorias afetadas e seus impactos na escrita cotidiana. Vamos além da simples lista de exemplos, explorando as nuances dessa alteração e como ela se integra à evolução da língua portuguesa.

Compostos com preposições: o principal alvo da mudança

A principal categoria afetada pela eliminação do hífen foi a dos compostos com preposições, como “a”, “de”, “em”, “para”, entre outras. Antes da reforma, era comum encontrarmos o hífen em expressões como “pés-de-moleque”, “mãos-de-obra” e “dia-a-dia”. Agora, essas palavras são escritas sem hífen: “pés de moleque”, “mãos de obra” e “dia a dia”.

Essa mudança se justifica pela tendência da língua portuguesa em integrar elementos compostos, gradualmente eliminando os traços de separação. A ausência do hífen reflete a consolidação semântica desses termos, que funcionam como unidades lexicais coesas, com significado próprio.

Além das preposições: expressões idiomáticas e outras particularidades

A supressão do hífen não se restringiu apenas aos compostos com preposições. Muitas expressões idiomáticas, antes grafadas com hífen, também foram simplificadas. É o caso de expressões como “maria-vai-com-as-outras” e “faz-de-conta”, que agora são escritas como “maria vai com as outras” e “faz de conta”. A lógica aqui se mantém: a consolidação semântica da expressão justifica a eliminação do hífen.

Vale ressaltar que a reforma ortográfica não eliminou o hífen em todos os compostos. Existem casos em que o hífen ainda é necessário para evitar ambiguidade ou para indicar a junção de palavras com significados distintos, que, juntas, formam um novo termo. Essa distinção requer atenção e o conhecimento das regras ortográficas atualizadas.

O impacto da simplificação:

A eliminação do hífen em diversas palavras trouxe uma simplificação significativa para a escrita em português. A nova ortografia se mostrou mais intuitiva e acessível, facilitando o aprendizado e a utilização da língua, especialmente para falantes nativos e estudantes. Ainda que a adaptação tenha exigido um período de transição, os benefícios em termos de clareza e consistência superam as dificuldades iniciais.

Em conclusão, a reforma ortográfica de 2009, ao eliminar o hífen em diversas palavras, principalmente em compostos com preposições e expressões idiomáticas, contribuiu para uma escrita mais limpa e acessível. Compreender as regras que regem essa mudança é fundamental para dominar a ortografia atual do português e escrever com correção e fluidez. A simplificação, em última análise, reflete a dinâmica e a constante evolução da língua portuguesa.