Qual a regra do novo Acordo Ortográfico?
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, vigente desde 2009 no Brasil e Portugal, unificou a escrita, embora com pequenas variações lexicais entre os países lusófonos. Sua implementação na CPLP está em processo, buscando padronizar a ortografia, mas respeitando peculiaridades regionais da língua.
Desvendando o Novo Acordo Ortográfico: Um Guia Sem Rodeios
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, frequentemente chamado de “Novo Acordo Ortográfico”, entrou em vigor no Brasil em 2009 e busca simplificar e uniformizar a ortografia entre os países lusófonos. Longe de ser uma revolução drástica, ele introduz algumas mudanças pontuais que, embora importantes para a padronização, podem gerar dúvidas. Este artigo visa desmistificar as principais alterações, sem repetir informações já saturadas na internet, focando em nuances e exemplos práticos que te ajudarão a dominar o novo padrão.
O Que Mudou, de Verdade?
Em vez de listar as mudanças, vamos organizar as principais alterações em categorias, com exemplos práticos e observações relevantes:
1. Adeus Trema (Na Maioria dos Casos):
- A regra: O trema (¨), aquele sinal que indicava a pronúncia das letras “u” em sílabas como “que”, “qui”, “gue”, “gui” depois de “g” e “q” (como em “tranqüilo”), foi abolido na maioria das palavras.
- Exceção: Permanece em nomes próprios estrangeiros e seus derivados (ex: Müller, mülleriano).
- Exemplos:
- Antigamente: tranqüilo, freqüente
- Agora: tranquilo, frequente
2. A Aventura dos Hífens: Mais Regras Específicas:
Aqui reside talvez a maior fonte de confusão. O uso do hífen se tornou mais específico e dependente da combinação de prefixos e radicais.
- Prefixos terminados em vogal:
- Se o radical começar com a mesma vogal, usa-se hífen. Ex: anti-inflamatório, micro-ondas
- Se o radical começar com vogal diferente, junta-se. Ex: autoescola, aeroespacial
- Exceção: com o prefixo “co-“, sempre se junta. Ex: coordenar, coabitar
- Prefixos terminados em “r”:
- Se o radical começar com “r”, dobra-se o “r” e não se usa hífen. Ex: antirrugas, contrarreforma
- Prefixos “ex”, “vice”, “soto”: Sempre com hífen. Ex: ex-aluno, vice-presidente, soto-mestre.
- Palavras compostas que perderam a noção de composição: Não usam mais hífen. Ex: paraquedas, girassol.
3. O Caso do Alfabeto:
- A mudança: As letras k, w e y foram oficialmente incorporadas ao alfabeto da língua portuguesa, totalizando 26 letras.
- Implicação: Essas letras já eram utilizadas em abreviaturas, siglas, símbolos e palavras estrangeiras, mas agora fazem parte oficialmente do alfabeto.
4. Acentuação: Pequenas Alterações, Grande Impacto:
- Ditongos abertos “éi” e “ói” em paroxítonas: Perderam o acento. Ex: assembleia, ideia, heroico
- Hiato “oo”: Não se acentua mais. Ex: voo, perdoo
- Acento diferencial: Abolido em alguns casos. Ex: “para” (verbo) e “para” (preposição) não são mais diferenciados pelo acento. O acento diferencial permanece em “pôde/pode” e “pôr/por”.
Além da Regra: A Importância do Contexto:
É fundamental lembrar que a aplicação do Acordo Ortográfico exige atenção ao contexto. A memorização pura e simples das regras pode levar a erros. A prática constante e a consulta de fontes confiáveis são essenciais para o domínio da nova ortografia.
A CPLP e o Acordo: Uma Implementação Gradual:
Embora o Acordo tenha sido assinado por todos os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), a implementação tem ocorrido de forma gradual, com diferentes ritmos em cada país. O objetivo final é a unificação ortográfica, mas as variações lexicais (diferenças no vocabulário) entre os países continuarão a existir, enriquecendo a língua portuguesa em sua diversidade.
Conclusão:
O Novo Acordo Ortográfico, apesar de gerar alguma resistência inicial, representa um passo importante para a uniformização da língua portuguesa e a facilitação da comunicação entre os países lusófonos. Ao invés de temê-lo, encare-o como uma oportunidade de aprimorar seu domínio da língua e contribuir para a sua evolução. A chave para o sucesso reside na compreensão das regras, na prática constante e na consulta de fontes confiáveis.
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