Como é classificada a organização?

A Complexidade da Classificação de Organizações: Muito Mais que Formal e Informal

A classificação de organizações é um campo vasto e complexo, frequentemente reduzido, de forma simplista, à dicotomia formal versus informal. Embora essa distinção seja um ponto de partida fundamental, ela esconde uma rica diversidade de tipos organizacionais, cada qual com suas próprias características, estruturas e objetivos. Este artigo aprofunda-se nessa complexidade, expandindo a classificação além da dicotomia básica.

Como mencionado, a distinção entre organizações formais e informais é crucial. Organizações formais são caracterizadas por:

• Estrutura definida: Possuem uma estrutura hierárquica clara, com papéis e responsabilidades bem delimitadas, geralmente documentadas em estatutos, regulamentos ou manuais.
• Objetivos explícitos: Seus objetivos são definidos de forma clara e objetiva, buscando alcançar metas específicas e mensuráveis.
• Processos sistematizados: Funcionam com base em processos e procedimentos formalizados, garantindo a padronização e a eficiência das atividades.
• Autoridade formal: A autoridade é delegada de forma hierárquica, com canais de comunicação e tomada de decisão estabelecidos.

Por outro lado, as organizações informais se destacam pela:

• Ausência de estrutura formal: Surgem espontaneamente a partir de interações sociais, sem planejamento prévio ou regras rígidas.
• Objetivos implícitos: Seus objetivos são geralmente implícitos, focados na satisfação das necessidades sociais e emocionais dos membros.
• Processos orgânicos: Os processos são flexíveis e adaptáveis às necessidades do grupo, moldando-se dinamicamente às situações.
• Autoridade informal: A influência é baseada em relações interpessoais, credibilidade e respeito mútuo, sem hierarquias formalmente definidas.

No entanto, a classificação não se limita a essa dicotomia. Podemos aprofundar a análise considerando outras dimensões:

• Setor de atuação: Organizações podem ser classificadas pelo setor econômico em que atuam (público, privado, terceiro setor). Dentro do setor privado, temos ainda subdivisões como indústrias, comércio, serviços, etc.
• Porte: O tamanho da organização, medido pelo número de empregados, faturamento ou ativos, influencia significativamente sua estrutura e funcionamento. Podemos falar em micro, pequenas, médias e grandes empresas.
• Finalidade: O objetivo principal da organização pode ser lucrativo (com fins de lucro) ou não lucrativo (sem fins lucrativos, como ONGs e instituições filantrópicas).
• Estrutura interna: A organização pode ser estruturada de forma funcional, divisional, matricial ou em rede, influenciando a distribuição de responsabilidades e a comunicação interna.
• Propósito: Organizações podem ter propósitos sociais, ambientais, políticos, religiosos ou outros, definindo seu foco e suas ações.

Concluindo, a classificação de organizações é um processo multifacetado que requer a consideração de múltiplas variáveis. A simples divisão em formal e informal, embora útil como ponto de partida, não captura a riqueza e diversidade deste universo. Uma análise completa exige a observação de seu setor, porte, finalidade, estrutura interna e, fundamentalmente, o seu propósito, para uma compreensão mais abrangente e precisa.