Por que a língua de sinais não é universal?

Por que a Língua de Sinais não é Universal? Uma Viagem pela Diversidade Cultural

Muitas vezes, pensamos na comunicação como algo universal, uma ponte que conecta diferentes culturas. No entanto, a realidade é bem mais complexa, especialmente quando falamos de línguas. A Língua Brasileira de Sinais (Libras), como outras línguas de sinais ao redor do mundo, nos mostra que a comunicação, mesmo através de gestos, é profundamente influenciada pela cultura.

A crença de que gestos poderiam servir como uma linguagem universal é bastante comum, mas a verdade é que o significado de cada sinal é construído social e culturalmente. Cada comunidade surda desenvolve sua própria língua de sinais, moldada por suas experiências, costumes e tradições. Assim como o português do Brasil difere do português de Portugal, a Libras se distingue da American Sign Language (ASL) ou da British Sign Language (BSL).

Imagine um sinal para “cachorro” na Libras. Ele pode envolver um gesto específico que representa a forma do animal, o movimento da cauda ou mesmo um sinal que evoque o som que o cachorro faz. Já na ASL, esse sinal pode ser completamente diferente, com gestos e expressões faciais próprios.

Essa diversidade linguística nas línguas de sinais reflete a rica diversidade cultural do mundo. Cada língua de sinais é um universo particular, carregando consigo a história, os valores e as nuances de uma comunidade surda específica.

Entender essa diversidade é crucial para promover a inclusão e o acesso à comunicação para surdos em todo o mundo. Ignorar as particularidades de cada língua de sinais significa negar a rica história e identidade de cada comunidade surda.

Portanto, a próxima vez que você se deparar com a linguagem de sinais, lembre-se: ela não é apenas um conjunto de gestos, mas um sistema complexo que reflete a cultura e a história de um povo. Celebrar essa diversidade é essencial para construir um mundo mais inclusivo e respeitoso.