Quais são os sintomas de dislalia?

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A dislalia se manifesta principalmente na infância, durante o aprendizado da fala. Fique atento à dificuldade da criança em pronunciar palavras corretamente, substituindo fonemas (trocando sapo por tapo, por exemplo) ou adicionando letras desnecessárias, o que acaba distorcendo a sonoridade original das palavras. Essa dificuldade persistente pode indicar a dislalia.

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Além da Troca do “R” por “L”: Desvendando os Sintomas da Dislalia

A dislalia, frequentemente associada à troca do “r” pelo “l”, é muito mais complexa do que se imagina. Enquanto a troca de fonemas é um sintoma comum e facilmente perceptível, a dislalia apresenta uma gama de manifestações que exigem atenção e avaliação profissional para um diagnóstico preciso. Compreender esses sintomas é fundamental para intervenções precoces e eficazes.

O texto a seguir aborda os sintomas da dislalia, indo além da percepção superficial, e os organiza em categorias para melhor compreensão. Lembre-se: a presença de alguns destes sintomas não configura automaticamente um diagnóstico; apenas um fonoaudiólogo qualificado poderá avaliar e determinar se a criança apresenta ou não dislalia e qual o seu tipo.

1. Substituições Fonéticas (Substituições de Fonemas): Este é o sintoma mais conhecido. A criança substitui um fonema por outro, alterando a palavra. Exemplos comuns incluem:

  • Troca de consoantes: “pato” por “bato”, “casa” por “caza”, “rato” por “lato”.
  • Troca de vogais: “bola” por “bala”, “cama” por “cama” (com o “a” pronunciado como “e”).
  • Simplificação de grupos consonantais: “escada” por “scada” ou “cada”.

2. Omissões Fonéticas (Omissões de Fonemas): A criança omite fonemas na palavra, resultando em palavras truncadas ou incompletas. Exemplos:

  • Omissão de consoantes: “sapato” por “sapato” (sem o “s”), “cadeira” por “adeira”.
  • Omissão de vogais: “casa” por “cs”, “bala” por “bla”.

3. Distorções Fonéticas (Distorções na Pronúncia): A criança pronuncia o fonema de forma imprecisa, distorcendo o som. Isso pode incluir:

  • Lateralização do “R”: O som do “r” é produzido com o ar escapando pelos lados da língua, em vez de vibrar na parte posterior da boca.
  • Assobio do “S”: O “s” soa como um assobio, ou sibilância exagerada.
  • Vocalização excessiva de consoantes: Consoantes são pronunciadas com uma sonoridade mais próxima de vogais.

4. Adições Fonéticas (Adições de Fonemas): A criança insere fonemas extras na palavra, alterando sua estrutura. Exemplos:

  • Adição de consoantes: “sapato” por “sapato”.
  • Adição de vogais: “cão” por “caão”.

5. Dificuldades na articulação: Além dos erros de pronúncia, a criança pode apresentar dificuldades físicas na articulação, como:

  • Falta de precisão nos movimentos da língua, lábios e mandíbula.
  • Dificuldade em coordenar os movimentos da respiração, fonação e articulação.

6. Impacto na comunicação: A dislalia, além de afetar a pronúncia, pode impactar a comunicação da criança, levando a:

  • Dificuldades em ser compreendida.
  • Frustração e baixa autoestima.
  • Evitação de situações de fala.

A persistência desses sintomas, principalmente após a idade em que a maioria das crianças já domina a fala, deve ser avaliada por um fonoaudiólogo. A intervenção precoce é crucial para o desenvolvimento da linguagem e a comunicação eficaz da criança, garantindo sua inclusão social e acadêmica. Lembre-se que cada caso é único e a gravidade da dislalia pode variar significativamente.