O que é dislalia infantil?

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Dislalia infantil é um problema na fala, onde a criança tem dificuldades para articular as palavras, substituindo, trocando ou omitindo sons. É um distúrbio de pronúncia, não de compreensão.

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Dislalia Infantil: Desvendando os Desafios da Fala na Infância

A comunicação é fundamental para o desenvolvimento infantil, e qualquer dificuldade nessa área pode impactar significativamente a vida da criança. Uma dessas dificuldades é a dislalia infantil, um transtorno de fala que afeta a articulação das palavras, sem comprometer a compreensão da linguagem. Em vez de focar na complexidade neurológica, este artigo se concentra na experiência prática da dislalia, oferecendo aos pais e educadores uma compreensão mais acessível do tema.

Entendendo a Dislalia:

Imagine uma criança que quer dizer “pato”, mas fala “bato”. Ou outra que troca o “r” pelo “l”, transformando “carro” em “callo”. Essas são situações comuns em crianças com dislalia. O problema reside na dificuldade de produzir corretamente os sons da fala, resultando em substituições, omissões ou distorções fonéticas. É importante destacar que a criança compreende perfeitamente a linguagem, o desafio está na sua produção oral.

Tipos de Dislalia:

A dislalia pode ser classificada de diferentes formas, dependendo da causa e dos sons afetados:

  • Dislalia evolutiva: É a forma mais comum e geralmente se resolve espontaneamente até os 7 anos, com o desenvolvimento da criança. Muitas vezes, está associada à imaturidade do sistema fonológico.

  • Dislalia audiógena: Associada a problemas de audição, que prejudicam a percepção dos sons e, consequentemente, a sua reprodução.

  • Dislalia funcional: Sem causa orgânica identificada, representando a maioria dos casos.

  • Dislalia orgânica: Associada a problemas físicos, como fissuras labiopalatais (lábio leporino), problemas dentais ou neuromusculares que afetam a mobilidade da boca e língua.

Sinais de Alerta:

Pais e educadores devem ficar atentos a alguns sinais que podem indicar dislalia:

  • Substituições de sons (ex: “pato” por “bato”);
  • Omissões de sons (ex: “casa” por “caça”);
  • Distorções de sons (ex: “r” pronunciado como “l”);
  • Dificuldade de pronunciar palavras com sons específicos;
  • Dificuldade para ser compreendido por outras pessoas.

Importância da Intervenção:

Embora muitas vezes a dislalia evolutiva se resolva espontaneamente, a intervenção precoce é crucial. Um acompanhamento fonoaudiológico pode auxiliar na identificação do tipo de dislalia, no desenvolvimento de estratégias adequadas para estimular a correta articulação e, principalmente, evitar possíveis problemas emocionais e sociais na criança.

A Importância do Apoio Familiar:

A família desempenha um papel fundamental no processo de tratamento. Criar um ambiente acolhedor e estimulante, sem pressão, é essencial. A repetição de palavras e frases, a leitura em voz alta e brincadeiras que estimulam a fala contribuem para o desenvolvimento da articulação.

Em resumo, a dislalia infantil não deve ser encarada como um problema isolado, mas sim como um desafio que requer atenção, acompanhamento profissional e, acima de tudo, paciência e compreensão. A intervenção precoce e o apoio da família são cruciais para que a criança desenvolva a sua capacidade de comunicação de forma plena e confiante.