Quando é que alguém é considerado hipertenso?

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A hipertensão, ou pressão alta, danifica vasos sanguíneos, coração, cérebro, rins e olhos, podendo levar à insuficiência renal. É diagnosticada quando a pressão arterial sistólica (maior) se mantém acima de 140 mmHg e/ou a diastólica (menor) acima de 90 mmHg em múltiplas medições. O tratamento precoce é crucial para prevenir complicações graves.

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Quando a Pressão Sobe e o Alerta Dispara: Entendendo Quando Alguém É Considerado Hipertenso

A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição silenciosa e traiçoeira que afeta uma grande parcela da população brasileira e mundial. Silenciosa porque, na maioria das vezes, não apresenta sintomas evidentes, e traiçoeira porque, ao longo do tempo, vai deteriorando órgãos vitais como coração, cérebro, rins e olhos, abrindo caminho para complicações severas. Mas, afinal, quando é que alguém é considerado hipertenso?

É importante frisar que um único pico de pressão alta não define um diagnóstico de hipertensão. Momentos de estresse, ansiedade ou até mesmo atividade física intensa podem elevar a pressão arterial. O diagnóstico de hipertensão é firmado quando a pressão arterial se mantém cronicamente elevada, exigindo um olhar mais atento e cuidadoso.

Os Números Que Contam:

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e outras organizações de saúde internacionais definem a hipertensão arterial quando a pressão arterial sistólica (o “número de cima”) se mantém igual ou acima de 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e/ou a pressão arterial diastólica (o “número de baixo”) se mantém igual ou acima de 90 mmHg, em múltiplas medições realizadas em diferentes ocasiões.

A Importância das Múltiplas Medições:

A chave para um diagnóstico preciso reside na repetição das medições. Uma única leitura elevada pode ser um evento isolado, influenciado por fatores momentâneos. É crucial que a pressão arterial seja aferida em diferentes consultas médicas, em horários distintos e sob condições padronizadas, para garantir uma avaliação mais precisa e representativa da pressão arterial basal do indivíduo.

Além dos Números: Contexto Individual e Fatores de Risco:

Embora os valores de 140/90 mmHg sejam o ponto de corte geralmente aceito para definir a hipertensão, o médico deve levar em consideração o contexto individual de cada paciente. Fatores como idade, histórico familiar de hipertensão, presença de outras doenças (como diabetes ou doença renal), hábitos de vida (tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada) e até mesmo o uso de certos medicamentos podem influenciar a avaliação e o manejo da pressão arterial.

Em alguns casos, mesmo com valores de pressão arterial ligeiramente abaixo de 140/90 mmHg, o médico pode considerar o paciente como pré-hipertenso e recomendar mudanças no estilo de vida ou, em situações específicas, iniciar o tratamento medicamentoso, visando prevenir o desenvolvimento da hipertensão propriamente dita e suas complicações.

O Que Fazer Diante da Suspeita:

Se você tem histórico familiar de hipertensão, apresenta fatores de risco ou simplesmente sente curiosidade sobre sua pressão arterial, o ideal é procurar um médico para uma avaliação completa. O profissional de saúde poderá realizar as medições da pressão arterial de forma adequada, interpretar os resultados no contexto da sua saúde e orientar sobre as medidas preventivas ou o tratamento necessário.

A Detecção Precoce Salva Vidas:

A hipertensão é uma condição tratável e controlável. O tratamento precoce, que geralmente envolve mudanças no estilo de vida (alimentação saudável, prática regular de atividade física, cessação do tabagismo, controle do estresse) e, em alguns casos, o uso de medicamentos, é fundamental para proteger a saúde do coração, do cérebro, dos rins e dos olhos, prevenindo complicações graves como infarto, AVC, insuficiência renal e cegueira.

Portanto, não espere pelos sintomas (que muitas vezes não aparecem!). Monitore sua pressão arterial regularmente e converse com seu médico sobre o que é considerado normal para você. A prevenção e o tratamento precoce são as melhores armas contra a hipertensão, garantindo uma vida mais longa e saudável.