Como se faz a concordância do verbo?

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O verbo geralmente concorda com o sujeito em número e pessoa. Com expressões partitivas (a maioria de, parte de, etc.) seguidas de substantivo, a concordância pode ser feita tanto com a expressão partitiva quanto com o substantivo que a acompanha.

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A Dança da Concordância Verbal: Um Guia Prático

A concordância verbal, em essência, é a harmonia entre o verbo e seu sujeito. Parece simples, mas as nuances da língua portuguesa podem transformar essa tarefa em um verdadeiro quebra-cabeças para quem não domina as regras. Este artigo visa desvendar os principais pontos da concordância verbal, oferecendo exemplos práticos e esclarecimentos sobre casos que costumam gerar dúvidas.

O Básico: Sujeito e Verbo – Um Casal em Harmonia

A regra fundamental é a concordância em número e pessoa: o verbo assume o mesmo número (singular ou plural) e a mesma pessoa (primeira, segunda ou terceira) do sujeito.

  • Exemplo: Eu estudo muito. (1ª pessoa do singular)
  • Exemplo: Nós estudamos muito. (1ª pessoa do plural)
  • Exemplo: Ele estuda muito. (3ª pessoa do singular)
  • Exemplo: Eles estudam muito. (3ª pessoa do plural)

Sujeitos Compostos: A União Faz a Força (ou a Concordância)

Quando o sujeito é composto, ou seja, formado por dois ou mais núcleos, a concordância pode ser feita de duas maneiras principais:

  • Concordância com o núcleo mais próximo: O verbo concorda com o núcleo do sujeito que está mais próximo dele. Essa opção é mais informal.

    • Exemplo: A casa e o jardim foram reformados.
    • Exemplo: O jardim e a casa foi reformada. (menos usual)
  • Concordância com o núcleo mais próximo ou com todos os núcleos do sujeito: O verbo concorda com a totalidade dos núcleos. Essa é a opção mais formal e recomendada.

    • Exemplo: A casa e o jardim foram reformados. (Concordância com todos os núcleos)

Sujeitos Compostos com pessoas gramaticais diferentes:

Nesse caso, o verbo vai para o plural na pessoa que tem prioridade: 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e 3ª; 2ª prevalece sobre a 3ª.

  • Exemplo: Eu e você vamos ao cinema. (1ª pessoa prevalece)
  • Exemplo: Tu e ele ireis ao cinema. (2ª pessoa prevalece)

Expressões Partitivas: Um Caso de Dupla Concordância

Expressões como “a maioria de”, “parte de”, “a metade de”, “uma porção de” etc., seguidas de um substantivo, permitem dupla concordância:

  • Concordância com a expressão partitiva: O verbo fica no singular, concordando com a expressão.

    • Exemplo: A maioria dos alunos faltou à aula.
  • Concordância com o substantivo: O verbo concorda com o substantivo que acompanha a expressão partitiva.

    • Exemplo: A maioria dos alunos faltaram à aula.

Ambas as concordâncias são consideradas gramaticalmente corretas, sendo a escolha uma questão de estilo e contexto.

Casos Especiais:

Existem diversos outros casos especiais de concordância verbal, que demandariam um artigo inteiro para cada um. Para aprofundar o conhecimento, recomenda-se a consulta a gramáticas normativas.

Conclusão:

A concordância verbal, apesar de apresentar algumas peculiaridades, é um mecanismo essencial para a clareza e correção da escrita. Dominar as regras básicas e estar atento aos casos especiais contribui significativamente para a produção de textos mais precisos e eficazes. Lembre-se: a prática constante é fundamental para internalizar esses conceitos e aplicá-los com segurança.