Porque evitar o gerundismo?
O uso excessivo do gerúndio em textos formais, conhecido como gerundismo, pode comprometer a clareza e a objetividade da escrita, prejudicando a qualidade de trabalhos acadêmicos e redações para concursos e vestibulares, como o Enem.
Por que evitar o gerundismo? Além da gramática, uma questão de clareza e concisão
Muito se fala sobre o gerundismo e sua má fama, frequentemente associado a atendentes de telemarketing e à burocracia. Mas, afinal, por que devemos evitá-lo, especialmente em contextos formais como trabalhos acadêmicos, redações de vestibulares e concursos como o Enem? A resposta vai além da simples correção gramatical e toca em questões essenciais da comunicação escrita: clareza, concisão e precisão.
O gerundismo, caracterizado pelo uso excessivo e inadequado do gerúndio, cria estruturas verbais complexas e desnecessárias. Em vez de expressar uma ação contínua, como é a função original do gerúndio, ele é utilizado para descrever ações pontuais ou futuras, gerando frases prolixas e confusas. Imagine a diferença entre “Vou analisar o relatório” e “Vou estar analisando o relatório”. A primeira opção é direta e objetiva, enquanto a segunda, além de ser um caso de gerundismo, transmite a ideia de uma ação prolongada e incerta, sem um prazo definido.
Essa imprecisão prejudica a compreensão do leitor, que precisa se esforçar para decifrar a verdadeira intenção por trás da mensagem. Em um texto formal, onde a clareza é fundamental, o gerundismo age como uma névoa, obscurecendo o sentido e dificultando a assimilação das informações. Pense em uma redação do Enem: o corretor, com tempo limitado para avaliar cada texto, valoriza a concisão e a objetividade. O gerundismo, nesse contexto, pode ser interpretado como falta de domínio da norma culta e prejudicar a nota final.
Além disso, o gerundismo frequentemente implica em redundância. A locução verbal “ir + estar + gerúndio” adiciona palavras desnecessárias à frase, tornando-a prolixa e artificial. “Vou estar enviando o documento amanhã” poderia ser facilmente substituído por “Enviarei o documento amanhã”, sem perda de significado e com ganho em clareza.
Por fim, o uso excessivo do gerúndio contribui para a construção de um texto impessoal e distante, características indesejáveis em uma redação que busca convencer e emocionar. A linguagem direta e objetiva, por outro lado, cria uma conexão mais forte com o leitor e demonstra segurança e domínio do assunto.
Portanto, evitar o gerundismo não é apenas uma questão de seguir a norma culta. É uma escolha estratégica para garantir a clareza, a concisão e a eficácia da comunicação escrita, especialmente em contextos formais e avaliativos. Ao optar por frases diretas e objetivas, o autor demonstra domínio da língua e respeito pelo leitor, transmitindo sua mensagem com precisão e impacto.
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