Porque o gerundismo é inadequado?

Por que o gerundismo é um “causo” na língua portuguesa?

O gerundismo, como um fantasma que assombra os falantes da língua portuguesa, é tema de debates acalorados e alvo de inúmeras críticas. Mas por que essa utilização do gerúndio gera tanta controvérsia?

O problema reside na sua utilização inadequada, criando frases desajeitadas e redundantes, como um carro com o freio de mão puxado, engasgando a fluidez da comunicação.

O gerundismo distorce o tempo: Ao invés de indicar uma ação presente e contínua, como seria o correto, ele frequentemente se transforma em um anunciador de ações futuras, criando uma confusão temporal. “Estou indo viajar” – a frase, sem o gerundismo, indica uma ação em curso. Já a versão com gerundismo, “Estou indo viajar”, soaria como se a viagem estivesse prestes a acontecer, um futuro próximo disfarçado de presente.

Redundância: o “causo” do gerundismo: Em muitas situações, o uso do gerúndio torna a frase redundante, como um prato com comida repetida. A construção “Estou a comer”, por exemplo, já indica que a ação de comer está em curso. A inclusão do gerúndio “comendo” torna a frase desnecessariamente rebuscada, como se a ação de comer precisasse de um reforço para ser entendida.

Um vício de linguagem que compromete a clareza: A insistência em usar o gerundismo, mesmo quando desnecessário, é um vício de linguagem que prejudica a clareza da comunicação. Como uma mancha em um tecido impecável, o gerundismo suja a beleza da frase, obscurecendo a mensagem e dificultando a compreensão.

Escrevendo com fluidez e precisão: É importante lembrar que a linguagem é uma ferramenta poderosa, e o seu uso deve ser consciente e estratégico. Evitar o gerundismo, utilizando o tempo verbal adequado e construindo frases claras e concisas, é um passo crucial para a comunicação eficiente.

Em suma, o gerundismo é um “causo” na língua portuguesa porque, em sua maioria, é um vício de linguagem que distorce a temporalidade, gera redundância e compromete a clareza da comunicação. É como um “bicho-papão” que assombra a gramática, mas que pode ser facilmente contornado com um pouco de atenção e cuidado com o uso do gerúndio.