Quais são as 7 regras de concordância verbal?
Desvendando a Concordância Verbal: Um Guia Prático em 7 Regras Essenciais
A concordância verbal, um dos pilares da gramática portuguesa, garante a harmonia entre o verbo e seu sujeito. Dominar suas regras é fundamental para uma comunicação clara, precisa e elegante. Embora possa parecer complexa à primeira vista, a concordância verbal se torna mais acessível quando compreendemos seus princípios básicos. Neste artigo, exploraremos sete regras cruciais que desmistificam esse aspecto essencial da língua portuguesa.
1. Sujeito Simples: A Base da Concordância
Esta é a regra mais fundamental: o verbo sempre concorda em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito da oração.
Exemplo: O aluno estudou (sujeito singular, verbo no singular). Os alunos estudaram (sujeito plural, verbo no plural).
2. Sujeito Composto Sem Conjunção Aditiva: Uma Questão de Proximidade
Quando o sujeito é composto, ou seja, possui dois ou mais núcleos, e não é ligado por uma conjunção aditiva (como e, nem), a concordância pode ser feita com o núcleo mais próximo do verbo. Essa regra é menos rígida e o falante/escritor tem certa liberdade.
Exemplo: Estudou o aluno, o professor e o diretor. (Concordância com aluno). Estudaram o aluno, o professor e o diretor. (Concordância com o plural, também aceitável e mais formal).
3. Sujeito Composto com Conjunções Aditivas: A Força do Plural
Se o sujeito composto é ligado por conjunções aditivas (e, nem), o verbo obrigatoriamente vai para o plural. A união dos núcleos exige essa concordância.
Exemplo: O aluno e o professor estudaram juntos. Nem o pai nem a mãe compareceram à reunião.
4. Sujeito Oculto: A Voz Subentendida
Quando o sujeito é oculto (também chamado de elíptico ou desinencial), ele não está explicitamente expresso na frase, mas pode ser identificado pela desinência do verbo. A concordância é feita com a pessoa gramatical subentendida.
Exemplo: Fui ao cinema. (Sujeito oculto: Eu). Estudamos muito para a prova. (Sujeito oculto: Nós).
5. Sujeito Indeterminado (Com Expressões Específicas): A Terceira Pessoa Singular
Expressões como ninguém, gente (no sentido de pessoas), alguém e outras similares, quando usadas como sujeito indeterminado, exigem o verbo na terceira pessoa do singular.
Exemplo: Ninguém sabe a resposta. Gente fala demais hoje em dia.
6. Sujeito Antecedido por Mais de: A Multiplicidade em Ação
Quando o sujeito é antecedido pela expressão mais de, o verbo geralmente vai para o plural. A ideia de pluralidade é o fator determinante.
Exemplo: Mais de um aluno faltaram à aula. Mais de dez pessoas protestaram em frente ao prédio.
7. Sujeito Com Palavra Intercalada: Mantendo o Foco Principal
Se houver uma palavra ou expressão intercalada entre o sujeito e o verbo, a concordância deve ser feita com o sujeito principal, ignorando o elemento intercalado.
Exemplo: O aluno, juntamente com seus pais, estudou para a prova. (A concordância é com aluno). Os alunos, assim como seus pais, estudaram para a prova. (A concordância é com alunos).
Dominar essas sete regras é um passo significativo para aprimorar a escrita e a fala, garantindo uma comunicação mais eficaz e precisa. A prática constante, a leitura atenta e a consulta a materiais de referência são aliados valiosos nesse processo contínuo de aprendizado da língua portuguesa. Lembre-se que a concordância verbal não é apenas um conjunto de regras, mas sim um reflexo da lógica e da beleza que permeiam o nosso idioma.
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