Quando usar o verbo no infinitivo pessoal?
O Infinitivo Pessoal: Clarificando seu Uso em Português
O infinitivo, forma nominal do verbo (ex: amar, correr, pensar), normalmente não apresenta flexão de pessoa e número. No entanto, o infinitivo pessoal, ao contrário do infinitivo impessoal, apresenta flexão em pessoa e número (ex: amar, amares, amar, amarmos, amardes, amarem), permitindo uma maior precisão e clareza na construção da frase. A sua utilização, porém, não é arbitrária, seguindo regras específicas e nuances de significado que merecem atenção. Utilizar o infinitivo pessoal incorretamente pode levar a ambiguidades e até mesmo a erros gramaticais.
A principal função do infinitivo pessoal é explicitar o sujeito da ação verbal, evitando ambiguidades que o infinitivo impessoal frequentemente causa. Imagine a frase É preciso respeitar as leis. Aqui, o sujeito da ação respeitar está implícito. Usando o infinitivo pessoal, poderíamos dizer É preciso respeitarmos as leis, deixando claro que o sujeito da obrigação é nós. Essa diferenciação é crucial para a compreensão da mensagem.
A escolha entre o infinitivo pessoal e o impessoal deve ser ponderada com cuidado, observando o contexto e o efeito desejado. A regra geral é: utilize o infinitivo pessoal quando a clareza e a precisão na identificação do sujeito forem essenciais. Eis algumas situações em que o infinitivo pessoal é particularmente adequado:
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Sujeito Determinado e Relevante: Quando o sujeito é determinado e sua identificação é crucial para o sentido da frase, o infinitivo pessoal se torna imprescindível. Por exemplo, em Eles decidiram partirem imediatamente, a flexão do verbo partir em partirem indica claramente que eles são os sujeitos da ação. Utilizar o infinitivo impessoal (Eles decidiram partir imediatamente) tornaria a frase menos precisa, embora gramaticalmente correta em alguns contextos.
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Para Evitar Ambiguidades: Em frases com mais de um verbo no infinitivo, o infinitivo pessoal ajuda a evitar ambiguidades. Compare: Quero que você e ele saiam (ambiguidade: quem deve sair?) com Quero que você saias e que ele saia. A segunda opção, utilizando o infinitivo pessoal, elimina a dúvida.
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Em Construções com Verbos Auxiliares: Com verbos auxiliares que expressam obrigação, necessidade, possibilidade, desejo, etc., o infinitivo pessoal pode esclarecer a relação entre o sujeito do verbo auxiliar e o sujeito do infinitivo. Por exemplo, Devemos lutar por nossos direitos (sujeito implícito nós) ganha mais ênfase e clareza com Devemos lutarmos por nossos direitos.
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Em Orações Subordinadas: Em orações subordinadas substantivas, o infinitivo pessoal pode conferir maior precisão e elegância à frase, principalmente quando o sujeito da oração principal e da subordinada não coincidem.
Por fim, a utilização do infinitivo pessoal, apesar de não ser obrigatória em todos os casos, contribui para a construção de frases mais precisas, claras e elegantes. Sua escolha deve ser guiada pelo princípio da clareza e da precisão, buscando sempre evitar ambiguidades e garantir a perfeita compreensão da mensagem que se deseja transmitir. A prática e a observação atenta da linguagem escrita e falada são fundamentais para o domínio adequado do infinitivo pessoal em português.
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