Qual é a regra geral da concordância verbal?

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O verbo concorda com o sujeito. Se o sujeito for uma expressão partitiva seguida de um substantivo, o verbo pode concordar tanto com a expressão partitiva quanto com o substantivo que a acompanha, permitindo dupla concordância. A escolha depende do contexto e da ênfase desejada.

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A Dança das Palavras: Desvendando a Concordância Verbal

A concordância verbal, a arte de harmonizar o verbo com o sujeito, é um dos pilares da gramática, garantindo a fluidez e a clareza da nossa escrita e fala. Mas, como navegar nesse labirinto de regras e exceções?

A regra geral é simples: o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Ou seja, se o sujeito estiver no singular, o verbo também estará; se o sujeito estiver no plural, o verbo também estará.

Exemplo:

  • A menina canta (sujeito singular – verbo singular)
  • As meninas cantam (sujeito plural – verbo plural)

Parece fácil, não é? Mas a língua portuguesa adora nos desafiar com suas nuances. Uma das situações que geram dúvidas é a concordância com expressões partitivas.

Expressões partitivas são aquelas que indicam uma parte de um todo, como “a maioria”, “grande parte”, “boa parte”, “uma porção”.

Aí que mora o enigma: o verbo pode concordar tanto com a expressão partitiva quanto com o substantivo que a acompanha. Essa dupla concordância é permitida, mas exige um olhar atento ao contexto para escolher a opção mais adequada.

Exemplo:

  • A maioria dos alunos faltou à aula. (Concordância com a expressão partitiva – ênfase na quantidade)
  • A maioria dos alunos faltaram à aula. (Concordância com o substantivo – ênfase nos alunos)

Em resumo, a concordância com expressões partitivas é flexível, permitindo uma “dança” entre o singular e o plural. A escolha da concordância depende da intenção do falante ou escritor, e o contexto fornece as pistas para a decisão mais adequada.

Outras dicas para dominar a concordância verbal:

  • Atenção aos sujeitos compostos: Se o sujeito for composto por dois ou mais núcleos, o verbo vai para o plural.
  • Cuidado com as orações reduzidas: A concordância é feita com o sujeito da oração principal.
  • Núcleos unidos por “ou”: Se os núcleos forem excluídos, o verbo fica no singular. Se forem incluídos, o verbo vai para o plural.
  • Núcleos unidos por “e”: O verbo vai para o plural.

A concordância verbal é um tema rico e desafiador, mas com um pouco de estudo e prática, você dominará essa arte e escreverá com clareza e precisão. Afinal, a beleza da língua reside em sua capacidade de expressar nuances e matizes, e a concordância verbal é uma das ferramentas que nos permitem alcançar essa riqueza.